quinta-feira, 28 de abril de 2011

O ciberespaço, a cidade e a democracia eletrônica

 Pierre Lévy inicia sua discussão falando que as maiores adesões ao ciberespaço estão diretamente relacionadas aos espaços metropolitanos. E indaga se o desenvolvimento desse ciberespaço ocasionaria, por outro lado, uma descentralização desses grandes centros urbanos. O autor cita que as pesquisas apontam esses espaços como os de maiores densidades ao ciberespaço e que dificilmente será invertido de forma duradoura.
Lévy acredita que uma política voluntária colocaria o ciberespaço a serviço de regiões menos desenvolvidas e serviria como um novo instrumental decisivo para a população. O autor começa a citar exemplos semelhantes de cidade-ciberespaço nesse momento ele fala da  cidade digital de Amsterdã, onde as informações sobre os serviços territoriais são colocados na internet e também a comunidade encontra espaços de interatividade, porém tudo na língua holandesa.
Porém para ir adiante Lévy afirma que é preciso sensibilizar os dirigentes para as novas possibilidades das redes de conectividade, e liberar o acesso a todos, segundo ele diversas metrópoles irão seguir Amsterdã.
O Autor acredita que com relação à cidade ciberespaço não irá substitui as funções das cidades físicas pela telepresença. Segundo Lévy “Quanto mais nos comunicamos mais nos deslocamos”. Ele não nega a existência de teletrabalhos, mas o desenvolvimento das telecomunicações evolui paralelo a um desenvolvimento dos transportes físicos. “O ciberespaço é efetivamente um potente fator de desconcentração e de deslocalização, mas nem por isso elimina os centros”, aponta Lévy. Ele defende que, ao invés de uma efetiva substituição, o ciberespaço torna os intermediários atrasados, por aumentar nossa capacidade de intervenção direta.
Pierre Lévy cita um equipamento que seria como uma TV acabo que seria chamado de “auto-estrada da informação” que daria lucros seria, uma ligação ou conjunto de ligações entre computadores, formando uma rede de redes, de preferência com meios de comunicação extremamente rápidos. Um nome abusivamente usado por vezes, que daria as informações precisas.
 Em fim o autor propõe pensar os espaços diferentes de forma crítica. O do território e o da inteligência coletiva. Segundo ele acesso para todos, por exemplo, não deverá ser o acesso ao equipamento, mas a poderes decisórios dessa nova conectividade. Lévy defende principalmente o controle por parte da população.

Um comentário:

  1. Apesar de o ciberespaço ser muito mais amplo nas zonas urbanas, a zona rural também se inclui aos poucos nessa novidade. Grandes fazendas de criação de gado, de inseminação artificial ou de monoculturas, tem centros de dados interligados à internet e, logicamente, isso é estendido aos trabalhadores rurais dessas agroindústrias.
    Aos poucos o mundo todo se conectará. alguns mais rapidamente, outros de forma mais lenta.

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